Dentre todas as demonstrações contábeis, certamente a DRE (Demonstração de Resultado do Exercício) está entre as mais importantes. Isso porque ela avalia os lucros ou prejuízos que foram gerados por uma organização em um determinado período, discriminando, também, quais foram as receitas e as despesas obtidas. Dominar esse tipo de ferramenta, portanto, é uma forma de aprimorar ainda mais a visão e a análise sobre as atividades do negócio.
Cabe ressaltar, no entanto, que muitas vezes o desenvolvimento e as análises da DRE muitas vezes ficam restritas apenas à contabilidade da empresa, quando deveriam ser exploradas e exigidas pela própria gestão. É por esse motivo que a nossa equipe resolveu esclarecer um pouco mais sobre essa demonstração contábil tão importante, para que nossos leitores tenham mais autonomia durante as interpretações da DRE. Confira a seguir!
Receitas e Despesas: As contas de resultado
Basicamente, as Demonstrações de Resultado do Exercício consistem na parte dinâmica do patrimônio, ou seja, nos resultados obtidos durante as atividades da empresa. Ela faz, portanto, uma confrontação entre todas as despesas e as receitas geradas no exercício social determinado, para que se observe se houve lucro ou prejuízo a ser incorporado pela empresa na sua Situação Liquida (Capital dos Sócios, Reservas, etc.).
Para efeito de conceituação, dizemos que as receitas são todas as entradas financeiras em um patrimônio, que podem ter seu valor expresso em moeda ou em direitos (venda de um produto, a vista ou a prazo, por exemplo). As despesas, por outro lado, são as saídas financeiras, que normalmente são necessárias para que a empresa desenvolva suas atividades (o custo de uma mercadoria vendida, por exemplo).
Fluxos de Caixa x Demonstração de Resultados do Exercício
Pela conceituação descrita acima, é comum que uma pessoa que tenha o primeiro contato com o conceito de DRE o confunda com os fluxos de caixa. Realmente as semelhanças são grandes, exceto pela forma como são contabilizadas as receitas e despesas nos dois modelos. As DRE são elaboradas atendendo o princípio de competência, e isso significa dizer que todas as entradas e saídas serão contabilizadas a partir do fato que as tenha gerado, independentemente do seu recebimento ou pagamento.
Por outro lado, os fluxos de caixa vão contabilizar as entradas e saídas no momento em que entrarem ou saíram do caixa ou da conta bancária da empresa, independendo, no caso, do fato que as tenha gerado. Por exemplo, se a empresa receber um pagamento de um parcelamento feito pelo cliente que só deveria ser efetivado no mês seguinte, o regime de caixa irá contabilizar essa entrada, enquanto que o regime de competência só irá reconhece-la no momento em que ela seria efetivamente paga.
Exemplo de DRE
As Demonstrações de Resultado do Exercício podem ser diferentes dependendo do seu tipo de negócio, do modelo de tributação da sua empresa e, principalmente, da estrutura em que foi consolidada (SA, limitada, etc.). No entanto, de uma forma geral, todas essas DREs apresentam algumas semelhanças. Resolvemos mostrar, a seguir, um exemplo básico de DRE para efeito de ilustração:
Receita Bruta
(-) Deduções (impostos como ICMS, ISS, devoluções de vendas, etc.)
Receita Líquida
(-) C.M.V (Custo da Mercadoria Vendida)
Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Administrativas
(-) Despesas Financeiras
Resultado Operacional Líquido
(-) Despesas Extra Operacionais
Resultado Antes IR CS
– Provisões IR E CS
= Resultado Líquido
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Cristiano Freitas
Equipe Syhus
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