Tem dúvidas sobre métricas de vaidade? Veja as respostas aqui!

A vaidade é definida pelos dicionários como o cuidado exagerado com a aparência. Isso pode ter como motivação a necessidade de atração, a fim de obter a admiração de terceiros, bem como a pretensão de se vangloriar, ostentar e exibir. Essa é uma característica comumente associada aos seres humanos, mas ela também serve para qualificar algumas práticas do mundo corporativo — entre elas, as métricas de vaidade.

Mas, afinal, o que são elas? Como podem afetar, por exemplo, o setor financeiro das startups? Continue lendo e confira as respostas a essas e várias outras perguntas!

O que são métricas de vaidade?

Basicamente, as métricas de vaidade podem ser definidas como aqueles números que servem apenas para inflar o ego da empresa, visto que elas não contribuem efetivamente com a estratégia e o processo de tomada de decisões das organizações.

Em outras palavras, os índices são isolados e praticamente inutilizados, pois não mostram como otimizar ações. No entanto, isso não significa que você deva ignorá-las, mas apenas ter em mente que elas não ditarão as ações do seu negócio.

Elas ficaram mais proeminentes com a chegada do marketing digital. Para elucidar melhor o conceito é só pensar: uma empresa pode ter milhares de seguidores nas redes sociais, mas, de fato, o quanto isso impacta em termos de vendas? Se a resposta for nada, o indicador é de vaidade.

Quais são as métricas de vaidade mais comuns?

Antes de falarmos sobre as métricas de vaidade mais comuns, precisamos destacar que a contabilidade é uma opositora delas. Por exemplo, imagine que você tenha uma quantidade bruta de clientes alta, bem como um alto acesso de clientes ao site. O quanto essas métricas, de fato, impactam o seu negócio em seu dia a dia no quesito finanças?

Podemos acrescentar o número de downloads de um aplicativo a esta lista de métricas, por exemplo. Por mais que a sua startup trabalhe diretamente com a criação de apps, é preciso pensar se o número de downloads tem um retorno proporcional ao investimento realizado. Afinal, o número pode ser alto, mas a taxa de compras dentro do aplicativo pode ser baixa, o que se reflete em um baixo retorno do investimento.

A mesma coisa ocorre com as taxas de rejeição, outra métrica da vaidade (mesmo que às avessas). Por exemplo, se a sua empresa utilizou o e-mail marketing na captação de clientes, mas teve um número abaixo do esperado em abertura de e-mail, isso não necessariamente significa o insucesso da estratégia. Se os que abriram a mensagem em sua maioria se interessaram por sua solução e adquirem o seu produto/serviço, isso significa um bom retorno.

Ainda podemos destacar aqui número de curtidas em redes sociais, níveis de tráfego, número de usuários ativos, entre outros.

Como essas métricas podem afetar o financeiro das startups?

As métricas de vaidade são uma armadilha para o negócio, visto que elas mascaram a verdadeira realidade corporativa, levando o empreendedor a acreditar que o negócio está em ascensão quando, na verdade, a eficácia de suas atividades está aquém do esperado.

Consequentemente, é difícil compreender como a saúde do negócio está impactando diretamente nas finanças da empresa. Por exemplo, imagine que a sua empresa tenha um grande público nas redes sociais que curtem e interagem com o conteúdo postado, você provavelmente pensará que o negócio é um sucesso. Mas quanto desses “fãs” são de fato clientes? Qual o ticket médio de compra deles?

A mesma coisa é levar em consideração os indicadores de desempenho de vendas de apenas um período, definindo o sucesso ou insucesso das estratégias apenas por esse recorte. É necessário a analisar o todo, afinal, o caixa da empresa está em funcionamento durante todo o tempo e precisa de capital de giro.

Levar em consideração apenas essas métricas pode levar a decisões erradas quanto ao tipo de investimento que precisa ser feito, a um descontrole sobre o que a empresa vendeu e tem em caixa, qual a sustentabilidade do negócio em longo prazo, entre outros fatores que podem levar à falência.

Quais os tipos de métricas realmente importam?

Quando falamos sobre finanças, é essencial levar em consideração uma análise dos índices do negócio, tais como faturamento, lucratividade, despesas e custos. É só a partir disso que será possível estabelecer as métricas mais adequadas. Confira algumas delas a seguir!

1. LTV

O Lifetime Value (LTV) é uma métrica que mede o valor do tempo de vida do cliente, ou seja, o quanto de lucro ele traz para o seu negócio após ter sido conquistado. O cálculo é feito multiplicando o valor do ticket médio pelo tempo de retenção de clientes.

Quando ele é trabalhado junto ao CAC (Custo de Aquisição de Clientes), ele ajuda a saber se a empresa está gastando mais para conquistar clientes do que para retê-los.

2. Burn Rate

É a taxa de queima de dinheiro e se refere à diminuição do caixa da empresa. Ela é bastante útil, por exemplo, para startups em fase inicial de implementação, pois ajuda a monitorar a taxa de queima de dinheiro, quando a empresa fica sem o montante e não possui tempo para levantá-lo.

Saber o Burn Rate ajuda na redução de despesas e é obtido por um cálculo bem simples: basta subtrair o balanço financeiro do início do ano pelo balanço financeiro do final do ano e dividi-lo por 12 meses.

3. Contratos assinados versus receita

O primeiro passo é diferenciar as suas grandezas: o contrato assinado é o valor do contrato entre a startup e o cliente, por exemplo, visto que há uma obrigação no pagamento dessa última parte. Já a receita é quanto o serviço foi prestado em sua totalidade ou proporcionalmente durante o contrato em vigência. O comparativo ajudará a entender se ambos são proporcionais e a definir a saúde financeira do empreendimento.

4. ROI

O retorno sobre o investimento (ROI) é outra métrica importante e que impacta diretamente a contabilidade. É por meio dela que se torna possível saber qual o retorno financeiro gerado após o investimento, por exemplo, em uma estratégia de marketing.

Este cálculo também é bem simples: basta subtrair o ganho obtido pelo investimento inicial, dividindo esse total pelo investimento inicial, e multiplicando-o por 100, obtendo uma porcentagem.

As empresas precisam se desprender das métricas de vaidade, afinal, a organização que cresce não é aquela que apresenta apenas números atrativos em suas reuniões, mas não têm controle sobre a saúde financeira. O mais importante é ver a realidade da corporação, principalmente no que diz respeito às finanças.

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