Fundado em 1995, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) tem como principal objetivo disseminar informações relacionadas à governança corporativa para fomentar melhores práticas às organizações. Assim, ele contribui diretamente para que as empresas apresentem um desempenho positivo em suas atividades. E, recentemente, isso se estendeu às startups.
Pensando nisso, no artigo de hoje veremos um pouco mais sobre essa prática e como identificar o melhor momento para implementá-la. Continue lendo para conferir!
O que é governança corporativa?
Basicamente, trata-se de um sistema voltado para a direção, o monitoramento e o incentivo de negócios. Ela envolve o relacionamento entre sócios, conselho administrativo, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas no crescimento e nas operações dessas empresas.
Por conta dessa inclusão de órgãos de fiscalização e conselhos de administração, muitas pessoas interpretam a governança corporativa como uma preocupação exclusiva a empresas de grande porte. A verdade, no entanto, é que ela é pertinente a qualquer sociedade, pois seus pilares interessam qualquer empreendedor, especialmente aquele que compõe uma empresa em sociedade. São eles:
- transparência;
- equidade;
- prestação de contas;
- responsabilidade corporativa.
Em se tratando de startups, então, tais principais são ainda mais valorizados, uma vez que esse modelo de negócios apresenta altas taxas de mortalidade. A governança, assim, pode ser uma maneira de driblar esse problema e contribuir para que as metas sejam atingidas com sucesso.
Para que ela serve?
A governança corporativa contribui para que os interesses de administradores, sócios e investidores se mantenham sempre alinhadas. Nesse sentido, ela procura garantir que os planejamentos sejam seguidos à risca, bem como fundamentar boas estratégias e fomentar uma cultura de prestação de contas, para permitir um desempenho mais seguro e comprometido com a legislação.
Tal monitoramento é extremamente importante, especialmente no que diz respeito a minimizar possíveis impactos de ações negativas. Isso pode ser feito a partir de três princípios:
- regras — capazes de estruturar a organização e conduzir suas decisões;
- auditorias — necessárias para verificar se as regras estão sendo cumpridas;
- restrições de autonomia — voltadas para autorizar ou limitar as ações dos administradores.
Como identificar o melhor momento para iniciar o programa?
Abrir uma empresa é algo que exige dos empreendedores muita destreza e perspicácia, principalmente para a resolução de questões urgentes e relevantes ao sucesso do negócio. Por isso, é comum que a governança corporativa seja reconhecida como necessária na hora da captação de recursos.
É preciso, contudo, saber estabelecer propriedades de acordo com o momento pelo qual a organização está passando. E, nesse cenário, conhecer as práticas pertinentes a cada uma das fases de desenvolvimento da startup é essencial.
No início, por exemplo, a governança pode ser implementada com cautela, mas deve ser potencializada de acordo com o crescimento da empresa. Isso porque cada fase representa um momento propício para a adoção de determinadas práticas — como veremos a seguir.
Quais são as principais etapas para alcançar o sucesso?
Esse caminho, de fato, pode ser desafiador. Enquanto algumas empresas vivem uma jornada que exige paciência, outras estão sujeitas a um ritmo intenso, acelerado e repleto de obstáculos. Uma coisa, no entanto, é certa: a superação desses obstáculos é a base para alcançar os seus objetivos.
O trajeto para se chegar à maturidade, geralmente, pode ser dividido em 4 fases: ideação, validação, tração e escala. Conheça, agora, um pouco mais sobre cada uma delas.
Ideação
Essa fase é referente ao momento em que a startup está desenvolvendo a sua ideia, a partir da identificação de um espaço no mercado que ela deseja ocupar. Aqui, não há necessidade de a empresa já ter sido aberta, mas já deve haver o acordo entre a sociedade.
Validação
Essa é a etapa em que a empresa já está experimentando, na prática, as suas soluções para os problemas propostos na fase de ideação. Para isso, é preciso que ela já esteja oficialmente em funcionamento.
Tração
Quando se encontra nesse estágio, a startup inicia um novo desafio: a conquista de clientes e o aumento do faturamento sem a necessidade de se desligar dos seus valores e princípios.
Escala
Nessa fase, a empresa já deve estar consolidada. Agora, é esperado que ela cresça em ritmo acelerado, expandindo o negócio.
Quais são as boas práticas para a governança corporativa?
Enfim, chegou a hora de saber como você pode aplicar esse princípio na gestão da sua startup. Confira!
Controle e boa comunicação entre os proprietários
A governança corporativa cuida para que a comunicação entre os sócios seja sempre transparente e acessível. Não há espaço para desvios e confusões patrimoniais, por isso, a realização de assembleias periódicas é fundamental. Boa organização da agenda, atas de reuniões, documentação e pautas para os diálogos são fatores essenciais para esse processo.
Conselho de administração e conselho consultivo
Também é preciso criar um conselho de administração ou consultivo, cuja função principal será a de supervisionar o relacionamento da startup com os seus colaboradores, investidores, clientes e os demais indivíduos que se relacionam com a companhia.
É importante que a sua formação seja pautada na diversidade de opiniões, e ele não pode, de forma alguma, ser visto como um obstáculo. Seu objetivo não será travar as ações dos empreendedores, mas sim contribuir com o planejamento por meio do conhecimento e experiência adquiridos no relacionamento com os stakeholders.
Mecanismos e órgãos de controle
Por fim, um bom sistema de governança corporativa precisa de mecanismos que sejam eficazes no controle de suas operações. Já citamos alguns deles ao longo do texto, mas é sempre bom reforçar:
- auditoria — que investiga a aplicação de regras e boas práticas;
- controles internos — que garantem a qualidade no trabalho realizado;
- contabilidade — que contribui para a segurança nos processos financeiros e econômicos por meio de suas atividades.
Como vimos, a governança corporativa é uma prática que só traz benefícios para as startups. Logo, investir nesse sistema profissionaliza ainda mais as suas atividades e traz segurança para a sustentabilidade e o desenvolvimento da sua empresa, contribuindo para a sua saúde e sobrevivência em um mercado tão competitivo.
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